Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, criaram robôs autônomos capazes de nadar e coletar dados usando bactérias vivas como fonte de energia.
Esses microrrobôs revolucionários são alimentados por uma substância orgânica produzida pelas bactérias, permitindo que eles funcionem em ambientes aquáticos sem a necessidade de baterias ou outras fontes externas de energia.O sistema robótico consiste em um pequeno dispositivo de natação equipado com sensores e uma câmara de bactérias.
As bactérias, especificamente a espécie Escherichia coli, são cultivadas em um meio nutritivo dentro da câmara.
À medida que as bactérias consomem o alimento, elas produzem subprodutos orgânicos, como o acetato, que é então usado como combustível para alimentar o robô.O robô é capaz de navegar autonomamente em ambientes aquáticos, ajustando a direção e a velocidade de natação com base nos dados coletados pelos sensores.
Os sensores podem detectar mudanças no pH, temperatura e concentrações de poluentes, permitindo que os robôs monitorem a qualidade da água e identifiquem potenciais ameaças ambientais.Essa inovação tem o potencial de transformar o campo da robótica subaquática.
Os robôs alimentados por bactérias podem operar por longos períodos sem a necessidade de manutenção ou substituição de baterias, tornando-os ideais para missões de monitoramento de longo prazo e exploração em ambientes aquáticos profundos ou remotos.Além das aplicações ambientais, esses robôs também podem ter implicações médicas.
Os pesquisadores estão explorando a possibilidade de usar microrrobôs alimentados por bactérias para fornecer medicamentos ou realizar cirurgias minimamente invasivas dentro do corpo humano.