O cinema colorido, hoje onipresente em nossas telas, não foi sempre uma realidade.
Sua história remonta aos primórdios do cinema, quando pioneiros buscavam maneiras de adicionar cor às imagens em movimento em preto e branco.Um dos primeiros sistemas a ganhar proeminência foi o Kinemacolor, desenvolvido em 1906.
O Kinemacolor utilizava um filtro para dividir a luz em dois feixes, que eram então coloridos separadamente e projetados alternadamente, criando a ilusão de cor.
No entanto, o sistema tinha limitações, resultando em cores instáveis e uma projeção flickerizada.Outro sistema inicial, o Technicolor, foi introduzido na década de 1910.
O Technicolor empregava dois filmes, um para registrar as informações de cor e outro para o preto e branco.
Ao sobrepor as duas imagens durante a projeção, o Technicolor produzia uma gama de cores mais ampla e precisa do que o Kinemacolor.No entanto, o Technicolor também tinha suas desvantagens.
Era caro de produzir e exigia equipamentos de projeção especializados.
Como resultado, foi usado principalmente para produções de alto orçamento até a década de 1930.Em 1935, a Walt Disney Animation Studios lançou o curta-metragem ‘Flowers and Trees’, que se tornou o primeiro filme colorido amplamente distribuído a usar o processo Technicolor trifásico.
Este processo inovador utilizou três filmes separados, cada um registrando uma cor primária (amarelo, ciano e magenta).
Ao projetar as três imagens juntas, criava-se uma gama de cores ainda mais rica e vibrante.O advento do Technicolor trifásico revolucionou a produção cinematográfica.
Tornou-se o padrão da indústria para filmes coloridos por décadas e permitiu que os cineastas explorassem novas possibilidades artísticas e narrativas.Com o avanço da tecnologia digital na década de 1990, o domínio do filme colorido foi consolidado ainda mais.
Os processos digitais simplificaram significativamente a criação e distribuição de filmes coloridos, tornando-os acessíveis a uma gama mais ampla de cineastas.Hoje, o cinema colorido é um elemento essencial da experiência cinematográfica.
Sua capacidade de capturar a vida em todas as suas cores vibrantes aprimorou nossa compreensão e apreciação do mundo ao nosso redor.